quinta-feira, 9 de junho de 2011

Postado por Yasmin Cristina


No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo).

Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.

Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.

Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).

Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado. 

Enviado por Prof. Luciana Bugosi
As origens da literatura portuguesa remontam ao século XII, quando Portugal se constituiu como um país independente. Nessa época, com a unificação da linguagem de Portugal e Galiza, passou-se a utilizar a língua galego-portuguesa. Dois traços marcantes devem ser lembrados para uma visão da sociedade da época: o teocentrismo, no plano religioso, e o feudalismo, no plano político-econômico.
Com o teocentrismo, isto é, a centralização da vida humana em Deus, expressava-se a intensa religiosidade, que acompanhou toda a luta dos portugueses empenhados na expulsão dos mouros da Península Ibérica.
Com o feudalismo, os nobres que possuíssem feudos exerciam os poderes do governo por meio de um sistema de vassalagem, que era baseado numa espécie de contrato que implicava obrigações mútuas entre o senhor e o vassalo. Os vassalos obedeciam ao senhor e o serviam pela proteção e ajuda econômica que dele recebiam. Esse sistema de vassalagem refletiu-se na poesia trovadoresca, principalmente nas cantigas de amor, em que o trovador se colocava normalmente na condição de vassalo diante da dama.
É uma cantiga de amor o primeiro documento literário português, datado de 1189 (ou 1198). Trata-se da “Cantiga da Ribeirinha” (ou “da Guarvaia”), do poeta Paio Soares de Taveirós, dedicada a D. Maria Paes Ribeiro, a Ribeirinha. Esse poema assinala o início da época trovadoresca, que se estende até 1418, quando Fernão Lopes é nomeado arquivista oficial da Torre do Tombo. Os poetas dessa época eram chamados de trovadores.
A palavra trovador vem do francês trouver, que significa “achar”, “encontrar”. Dizia-se que o poeta “achava” a música adequada ao poema e cantava acompanhado de instrumentos como a cítara, a viola, a lira ou a harpa. A poesia trovadoresca tem sua importância como documento da história de nossa língua, de costumes da época e como inspiradora do lirismo de poetas de escolas posteriores.
As poesias trovadorescas estão reunidas em cancioneiros. Os mais importantes são:
_ O Cancioneiro da Ajuda, o mais antigo, com 310 cantigas;
_ O Cancioneiro da Vaticana, pertencente à Biblioteca do Vaticano, com 1205 cantigas;
_ O Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa, anteriormente chamado de Colocci-Brancutti, com 1647 cantigas.

Diferença entre “mal” e “mau”.

Quando pequena eu achava que não havia diferença nas duas formas. Depois ouvindo algumas histórias, como Chapeuzinho Vermelho em que o Lobo era mau. Fui percebendo a diferença.
Algumas pessoas continuam esquecendo ou trocam ‘sem querer’ muitas vezes uma pela outra. Desenvolvi uma técnica para lembrar. E acho que a maioria dos professores explicam assim:
“Quando for o contrário de bem é = mal.
Quando for o contrário de bom é = mau.”
Temos como exemplos:
João canta bem.
João canta mal.
Ronaldinho é bom jogador.
Ronaldinho é mau jogador.
Lembra-se também que ”Mal” pode ser advérbio, como ocorre na frase:
Aquele cantor canta mal.
Em que “mal” designa o modo como alguém canta.
“Mal” também pode ser substantivo:
Nunca pratique o mal; pratique sempre o bem.

E o terceiro valor gramatical da palavra “mal”? É o de conjunção indicativa de tempo e equivalendo a “logo que”, “assim que”, “imediatamente depois que”:
Assim que você saiu
Logo que você saiu
Mal você saiu, ela chegou

Esse “mal” se escreve com “l” e é conjunção.

Caso você esqueça quem é o contrário de quem, coloque em ordem alfabética: “mal” vem antes de mau” e “bem” vem antes de “bom”. Pronto: está resolvido o assunto.
Enviado por Prof. Luciana Bugosi (Material pra estudo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário