segunda-feira, 20 de junho de 2011

Postado por Yasmin Cristina e enviado por Patrícia C. Barbosa

Bullying
       . Tenho certeza que aqui todos já escutaram falar sobre “bullying” em sala de aula e até mesmo em outros lugares . Irei postar alguns relatos de pessoas , que já sofreram bullying na infância ou adolescência . Todos os nomes são fictícios .


José .
Estudava numa escola pequena de Copacabana. Eu nem me lembrava que perturbava um cara da minha turma, éramos alunos do primário. Um dia, já na faculdade fomos jogar uma pelada. E lá estava o cara que eu perturbava. Realmente não me lembrava. Do nada vem um cara e pula na primeira disputa de bola e quebra minha perna. E ainda me deu um chute na cabeça. Fui direto para o Miguel Couto e o jogo virou uma pancadaria que meu time acabou perdendo. A gente fazia engenharia, éramos jovens normais e o outro time era do que hoje se chama de “pitboys” . Eram lutadores de jiu jitsu, surfistas e encrenqueiros.
Só soube que era ele quando com a perna quebrada urrando de dor ele veio e "bateu o tiro de meta" no meu rosto. Perdi 5 dentes, arranhão de córnea, tive trauma craniano e uma fratura na perna. Só me lembrei do meu agressor ao ver umas fotos antigas do Colégio Mello e Souza, mas realmente não lembrava que implicava com ele. Não lembrava mesmo. E, se implicava, o que de tão grave pode fazer uma criança de 7 anos com outra que justificasse uma agressão assim? Eu não era uma criança má. Já o cara que hoje anda por aí com o rosto em outdoor é um psicopata.



Miriam Marcia de Moraes
Minha filha tem 10 anos, cabelos enormes e encaracolados, com muito volume. Os cabelos dela são lindos, remetem a uma coisa meio afro e é considerado um trunfo nas passarelas, já que ela faz alguns desfiles de moda infantil. No entanto, na escola é chamada de pulguenta, bruxa e uma série de adjetivos que a magoam profundamente. Ela sempre me pede pra deixar que faça escova progressiva, chapinha, mas seria um erro permitir que a maldade daqueles pestinhas retirem o seu diferencial. Até porque muitas críticas acontecem quando ela usa algo bonito ou diferente. A mãe de uma aluna me ligou pra saber onde eu havia comprado uma boina que a filha dela queria desesperadamente, a mesma que a menina havia chamado de "brega" e "coisa de piranha", quando viu minha filha usando. Ser alta, magra e estilosa tem sido difícil para a minha filha. Imagine o quanto de maldade não acontece com as crianças gordinhas ou com outras diferenças. Os professores costumam se fazer de mortos. Acho que devia haver mais acompanhamento, especialmente durante o recreio.

Pedro Francisco
Recordo-me de um caso de 'bullying' que ocorreu comigo na infância. Estudava numa escola pública na cidade do interior pernambucano chamada Tabira. Tinha em torno de 11 anos e sempre apanhava de alguns colegas de turma que se mostravam valentões, bravos. E eu tinha muito medo deles, acredito que deixava transparecer isso sem mesmo perceber. Acontece que sempre fui muito aplicado, dedicado aos estudos e tinha como melhor amigo um garoto grandão, valentão também, porém não se metia em confusão. Ele, apesar de valentão, era meio desligado dos estudos e sempre tirava notas baixas nas provas, então aproveitei esta deficiência dele e propus um acordo: ele me livrava dos valentões nas brigas corriqueiras e eu o ajudava nas provas, assim conseguia sempre me livras das surras e os ditos 'bulls' me deixavam em paz. Até hoje me lembro desses episódios na infância, o grupo de valentões vinha em minha direção e meu amigo, de imediato, tomava a frente e botava todos prá correr...

      .Aqui foram alguns relatos , de pessoas que foram reprimidas pela sociedade , muitas vezes brincamos pelo fato de alguns de nossos amigos ser mais quietos , um pouco estranho , bom na visão de vocês . Mais eu tenho certeza que nunca pararam para ver o que ele pensa de você , ou o que ele  acha das brincadeiras ridículas , que muitas vezes fazem , assim o deixando mais distante da turma e etc .Me refiro ao geral assim como pode , acontecer numa escola , tanto quanto em qualquer outro lugar . Talvez lendo estes relatos , algumas pessoas se toquem e comecem a pensar que o “mundo não gira ao seu redor” . Ou mas fácil , se coloquem no lugar destas pessoas , pense se isso fosse com você ?


                   Patrícia C. Barbosa  

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