terça-feira, 29 de novembro de 2011

Porshe e Hitler , isso mesmo

           .A história do Fusca é uma das mais complexas e longas da história do automóvel. Diferente da maioria dos outros carros, o projeto do Fusca envolveu várias empresas e até mesmo o governo de seu país, e levaria à fundação de uma fábrica inteira de automóveis no processo. Alguns pontos são obscuros ou mal documentados, já que o projeto inicialmente não teria tal importância histórica, e certos detalhes perderam-se com a devastação causada pela Segunda Guerra Mundial. 
        .Hitler tinha pronto uma lista de exigências a serem cumpridas por Porsche, caso o contrato fosse efetivamente firmado:
  * O carro deveria carregar dois adultos e três crianças (uma típica família alemã da época, e Hitler não queria separar as crianças de seus pais)
 * Deveria alcançar e manter a velocidade média de 100 km/h.
 * O consumo de combustível, mesmo com a exigência acima, não deveria passar de 13 km/litro (devido à pouca disponibilidade de combustível)
 * O motor que executasse essas tarefas deveria ser refrigerado a ar, pois muitos alemães não possuíam garagens com aquecimento, e se possível a diesel e na dianteira.
 * O carro deveria ser capaz de carregar três soldados e uma metralhadora.
 * O preço deveria ser menor do que mil marcos imperiais (o preço de uma boa motocicleta na época).
         .Adolf Hitler solicitou que Porsche condensasse suas ideias no papel, o que ele fez em 17 de janeiro de 1934. Ele encaminhou uma cópia a Hitler e publicou o seu estudo chamado "Estudo Sobre o Desenho e Construção do Carro Popular Alemão". Ali Porsche discorreu sobre a situação do mercado, as necessidades do povo alemão, sua convicção na viabilidade de um motor a gasolina e traseiro (ao contrário do que Hitler queria) e, principalmente, fez um estudo comparativo com outros carros alemães frente ao seu projeto, onde concluía pela inviabilidade de vender o carro por menos de 1.500 RM. Hitler leu o estudo, mas manteve-se irredutível quanto à questão do preço, o que preocupou Porsche.
 O Besouro paga alto preço na Guerra
     .Os primeiros modelos possuiam incontáveis problemas descobertos em testes realizados pelas SS nazistas, que percorreram mais de 2 milhões e meio de quilômetros com o besouro. O Füher não queria que o mundo descobrisse os detalhes negativos do projeto e então decidiu enviar seu quadro de proteção para destruir todos os modelos defeituosos que antecederam o Volkswagen final.

Após a Guerra, o Fusca renasce e Porsche é preso
Ao final da guerra os britânicos receberam o controle da cidade de Wolfsburg, onde a fábrica Volkswagen havia sido bombardeada. Lá jaziam 75 mortos que trabalhavam na linha de construção do besouro. A maioria deles eram judeus prisioneiros de guerra que fabricavam Fuscas em regime de escravidão.




                                             Patrícia C. Barbosa

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